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terça-feira, 23 de agosto de 2011

palhaço da vida...

Chora-lhe a alma enquanto os olhos riem
É assim o palhaço original
Vertendo da existência o pior mal
No âmago de si, sem outros o sentirem
E na dor mergulhado finge ser
Da hilaridade o seu senhor
Mas fica-lhe a tristeza por penhor
Vergando-lhe ao desgosto o padecer
Na pobreza das vestes é grotesco
Desfigurada a face à alquimia
Que lhe acentua o esgar quase dantesco
Querendo tornar veraz a alegria
Mas se o cobre riqueza bijuteira
E a alvura lhe manda na aparência
Quase aflora a demência tal bobeira
Perante a contradição da evidênciaAmbos jovens, aos palcos desta vida,
subimos, cada qual com seu papel;
vivendo ora a comédia divertida,
ora um enredo de ilação cruel.
Inerpretamos cada riso ou pranto
apaixonada e primorosamente,
e ao longo do sucesso que era tanto,
a vida foi andando para a frente!
Mas eis que um dia, entre um ato e outro
do amor o enredo a declinar começa;
sais de um roteiro e te colocas noutro,
rendida ao charme do vilão da peça!
De principal ator eu regredi
ao vil fantoche que tu vês agora;
finda a comédia é que eu compreendi
por que é que às vezes um palhaço chora

Idosos...
Rostos e olhos enrugados,
faces descoloridas...
Corações que entesouram tanta
experiência, sabedoria e bondade!

Idosos...
Muitas vezes renegados
pelos amigos, pela família,
abandonados à própria sorte,
guiados por mãos estranhas,
alimentados e vestidos
com dedicação por desconhecidos,
que ouvem suas histórias de outrora,
narradas com um fio de voz...
Um fio de voz que traduz
muita esperança no coração
de quem hoje é uma criança
que exibe a sua vivência,
passeia a sua experiência,
segurando a mão que o acolhe
e o acaricia...

Idosos!
Idosos... No ocaso da vida,
que já atravessaram tempestades
e confortaram corações,
eu quisera ser poeta
para descrever a emoção
de conviver com vocês,
de aprender sobre e com vocês!

Ah! meus velhinhos,
nos seus corações a chama ainda acesa
ilumina minha pobre existência,
alimenta meu coração,
alenta minha alma em frangalhos,
que sorve de seus exemplos
o manancial que revigora o meu ser...
Que me impede de solenizar
minhas tristezas e desencantos...
Que me desperta para sorrir...
Sorrir hoje e sempre,
agradecida pelos ensinamentos
que me tornaram a vida
mais florida!...


Vitória - ES *** 26/02/2004

AMOR AO PROXIMO...

O ser humano com a sua personalidade deformada pelo pecado, é por natureza egoísta, não consegue pensar e querer o bem de outrem como deseja para si mesmo. 
Mas como amar tanto ao nosso próximo como se fosse a nós mesmos, como Jesus nos mandou, se temos só a nós em mente 24h? Como amar ao próximo e procurar o seu bem, se estamos tão ocupados e preocupados com o nosso benefício próprio? Se passamos a maior parte do tempo ocupados, correndo de uma parte para outro procurando a própria felicidade e meios para vivermos bem confortavelmente, tendo uma boa posição social, material e vivendo bem emocionalmente, de tal maneira que não nos sensibilizamos com o sofrimento alheio, não nos colocamos no lugar de quem sofre perto de nós, porque o que mais queremos é ser feliz e o resto que se “dane”. Em nome dessa “felicidade e realização própria”, somos capaz de mentir, furtar, cobiçar, invejar, matar, adulterar, enfim de fazer todas as espécies de males ao próximo, invés de amá-lo como a nós mesmo. Então, como obedecer ao Mandamento do Mestre tendo essa natureza egocêntrica? Só há uma solução, a qual o próprio Jesus nos dá: Nascer de novo! Falando a Nicodemos, um grande líder espiritual da sua época, Ele disse:  “...Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”.(João  3.3).
Isso mesmo só podemos cumprir os mandamentos de Cristo e amar o nosso próximo, se nascermos de novo, nascer não fisicamente, mas espiritualmente, ou seja, quando nos convertemos com  todo nosso  ser ao Senhor Jesus passamos a ser uma nova pessoa e conseqüentemente temos uma nova natureza, passamos a ter a própria natureza de Cristo em nós e assim nos tornamos iguais  a Ele, sentimos como Ele e dessa maneira conseguimos amar o próximo como a nós mesmo, porque ao se converter o Espírito Santo passa habitar  em nós  e  Ele que gera em nossos corações o perfeito amor, que Deus requer de nós. O apóstolo Paulo disse que: “O Amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”. (Rom 5.5).
Então, cabe-nos cultivar esse amor divino dentro de nós a cada dia, morrendo para nós mesmo e deixando Cristo crescer e viver em nós pelo seu Espírito, assim seremos “Perfeitos em amor”.
Deus lhes abençoe!